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Valor Econômico

Crédito fora dos bancos ganha força e chega a PME

Atualizado: 7 de jun. de 2022

Operações de empréstimos diretos para para companhias de menor porte somam R$ 31 bi em cinco anos, segundo gestora.


Crédito não é sinônimo de banco. A frase de Margot Greenman, fundadora da Captalys, reflete um cenário cada vez mais real no Brasil. Com o surgimento das plataformas de investimento, a queda dos juros nos últimos anos e avanços tecnológicos, empresas de pequeno e médio portes passaram a ter acesso a crédito fora do caminho tradicional dos bancos. Gestoras de crédito privado multiplicaram-se no país estruturando operações para companhias que ainda não têm acesso ao mercado de capitais.


Agora, a Selic em dois dígitos e a economia fraca colocam à prova o segmento, mas as gestoras dizem que continuam vendo o mercado brasileiro em expansão.


Levantamento da JGP feito a pedido do Valor mostra que, nos últimos cinco anos, foram realizadas 277 operações de crédito estruturados conhecidas pelo jargão “direct lending” (empréstimos diretos), totalizando R$ 31,1 bilhões. Essas transações são geralmente voltadas a companhias de menor porte. Em 2020, com a pandemia e dificuldades no mercado de crédito privado, houve uma queda, mas no ano passado o número de operações retornou ao nível pré-covid.


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