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Valor Econômico

Fundos têm R$ 21 bi em caixa para comprar participações em empresas

Atualizado: 14 de mai.

Gestoras de private equity estão com dinheiro disponível para investir no Brasil, o que deve colocá-las entre os protagonistas em M&A neste ano


Os fundos que compram participação em empresas, considerando os que investem em empresas mais maduras e em startups, estão com dinheiro em caixa e devem marcar presença entre os protagonistas nas transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no Brasil neste ano. Depois de um período em que estiveram mais comedidas, as gestoras que atuam localmente têm R$ 20,94 bilhões para investir em empresas brasileiras. O volume é 20% maior que o de um ano atrás, conforme levantamento feito pela Spectra, a pedido do Valor.


No jargão utilizado pelas gestoras, o capital comprometido e não investido é conhecido como “dry powder” (pó seco, em tradução livre). E ele cresceu no mundo todo em um período em que investidores ficaram mais arredios diante de altas taxas de juros globais e de dúvidas quanto ao crescimento global. O cenário incerto levou os fundos a colocar em compasso de espera muitas transações, e como consequência sobrou mais dinheiro não investido. A aposta é que a direção mudará em 2024.


Neste ano, o private equity americano Advent fez uma das principais aquisições da indústria ao levar o controle da companhia de cosméticos Skala. Os valores não foram divulgados, em um processo que foi bastante competitivo e também teve investidores estratégicos na disputa, segundo fontes. Outra importante transação foi a compra de uma fatia na empresa de educação Salta pelas gestoras Atmos, Mission e Warburg Pincus. Já a canadense Brookfield aumentou sua participação na empresa de logística VLI. Na semana passada, houve um novo movimento do Advent, que anunciou aporte na rede de educação básica Inspira.


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