Operação usa como lastro os recebíveis de música
O mercado musical brasileiro está em pleno crescimento. De acordo com o Escritório
Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), entre janeiro e novembro do ano
passado, foram distribuídos mais de R$ 1,29 bilhão em direitos autorais de execução
pública para a classe artística.
Com o objetivo de ampliar as formas de investimento no setor, a MUV Capital passa
a oferecer operações de securitização de certificados de recebíveis de direitos
autorais ou royalties, de músicas em sua plataforma. “É a primeira operação de
securitização do Brasil em que se usa como lastro os recebíveis de música”, diz
Arthur Farache, fundador e diretor executivo da MUV Capital. Com a novidade, a
empresa espera alcançar R$ 20 milhões em títulos securitizados, de um total de R$
120 milhões originados.
“Em termos simples, os artistas vendem parte de seus ganhos futuros gerados por
seu catálogo musical aos investidores em troca de pagamento fixo”, diz a diretora
executiva de operações da MUV Capital, Ana Gabriela Mathias.
“Ao adquirir os royalties, fornecemos aos artistas uma injeção imediata de capital, o
que possibilita que os titulares criem novas canções ou projetos, invistam em suas
carreiras ou simplesmente desfrutem de segurança financeira por meio da
diversificação”, complementa Mathias. Outro ganho, avalia a executiva, é redução da
dependência de plataformas tradicionais de vendas de músicas ou plataformas de
streaming, diversificando os fluxos de receita.
Os investimentos em royalties musicais faz parte do chamado mercado de ativos
alternativos. De maneira geral, esses ativos são aqueles que não fazem parte do
mercado financeiro tradicional.
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